O Que é o Pecado e quais suas origens ?
O Pecado surgiu na terra ou no céu ?
A origem do pecado:
Deus não pode pecar Ele é Santo (I Pe 1.16; I Jo 1.5) e “não pode ser
tentado pelo mal e a ninguém tenta” (Tg 1.13), no entanto Ele já sabia
desde a eternidade que o homem iria pecar, por isso no Plano Perfeito de
Deus estava constando a Grande Manifestação do seu Único Filho,
“JESUS” (Jo 3.16).
A origem do pecado tão pouco foi do homem, pois ele foi criado à
imagem e semelhança de Deus, ou seja, foi formado do pó da terra
perfeito (Gn 1.27; 1.31; Ec 7.29) e quando Adão e Eva foram criados o Mal
já existia. Somente pode ser atribuída a nossa adversário “Lúcifer” (Latim
= o Luzeiro, o portador da Luz), Jesus revelou a origem do pecado, Ele
disse: “... o diabo foi homicida desde o principio,... porque é mentiroso, o
pai da mentira” (Jo 8.44).
Para nosso melhor entendimento analisemos Ezequiel 28.11-19.
Foi assim que nasceu o pecado no coração de Satanás (em hebraico
= Satã), um simples pensamento, que ele de pouco a pouco pôs em ação!
Rebelou-se contra o Eterno. Desde então o Diabo (Grego = acusador)
tornou-se adversário de Deus, mas degenerou-se perdendo toda a sua
Beleza e Glória (Ez 28.12-14; Is 14.12,16-17), se tornando no príncipe das
Trevas (Mt 12.24; Ez 28.18-19).
Ele arrastou consigo uma multidão de anjos (Ap 12.4) que se dispôs
a aderir essa louca ideia de trair o Eterno (Jd 6) e não guardaram a sua
Santidade e Fidelidade.
De que maneira entrou o pecado na Humanidade?
“Por um homem entrou o pecado no mundo” (Rm 5.12), Adão e Eva
por um ato de desobediência cometido de forma consciente, abriram à
porta, pela qual o inimigo entrou e com ele toda a sorte de males que o
acompanha. A arma que ele usou foi a Tentação, afastando de forma
terrível o homem do Criador (Rm 3.23).
Satanás usa uma serpente, uma criatura, alguns teólogos chegam a
dizer que existia um contato mais próximo entre a mulher e a serpente,
mas cuidado não podemos afirmar isso, mas uma coisa sabemos que
posteriormente Deus dá a serpente uma sentença (Gn 3.14) com isso,
entendemos que esse animal de alguma forma teve a culpabilidade
permitindo que satanás tomasse o seu corpo para ser usado por ele, se
não fosse de forma Deus não a sentenciaria.
As sentenças de maldição de Deus sobre os pecadores:
A 1ª sentença foi sobre a serpente (verso 14) que se divide em duas
partes: a 1ª contra a serpente, na linguagem bíblica literal, o animal
recebe uma sentença que a partir daquele momento fora amaldiçoada por
Deus e rastejaria sobre o seu ventre, e comeria o pó da terra todos os dias
de sua vida. A 2ª contra a serpente, na linguagem bíblica simbólica,
Satanás que fora o responsável direto de todo aquele transtorno, seria
inimigo perpétuo da mulher e de sua descendência, teria a sua cabeça
esmagada (golpe mortal), mas, contudo feriria o calcanhar (Jesus passaria
por um sofrimento inigualável);
A 2ª sentença sobre a mulher (verso 16) foi condenada a sofrer no
momento mais feliz de sua vida, na concepção dos filhos, e ainda deveria
prestar obediência ao seu esposo. “o teu desejo será para o teu marido e
ele te governará”.
A 3ª sentença sobre o homem (verso 17-19) foi condenado a um
trabalho exaustivo para conseguir o seu sustento, e o pior de tudo,
encerra-se a história de Vida Eterna e se inicia a história de choro,
saudade e desespero para o Homem, a Morte chegou. “porque tu és pó e
ao pó tornarás”.
A 4ª sentença sobre a natureza (verso 17-18) inicia-se um processo
paulatino de destruição e principalmente desequilíbrio, não havia
espinhos e cardos. A terra tornou-se maldita devido à entrada do pecado
na Humanidade.
Ver ainda Rm 8.21-22.
O significado do pecado:
“Errar o alvo”. O correto é atirar sem errar o alvo, porém quando
alguém não faz o que é certo, errou o alvo... e isto expressa o que é o
pecado. O homem procurou “atirar” no alvo de ser igual a Deus (Gn 3.5),
mas errou e ficou sendo dominado por Satanás. O pecado pode também
ser denominado como: transgressão, impiedade, injustiça, desobediência,
iniquidade, e etc.
O pecado sujeitou o homem a três tipos de mortes:
1ª – a morte Física: e quando o corpo se separa da alma e do
espírito;
2ª – a morte Espiritual: é a separação do homem de Deus, essa e a
mais comum quando o homem vive uma vida na terra sem a presença de
Deus;
3ª – a morte Eterna (Segunda Morte): é a separação eterna do
homem que morre sem Deus, as pessoas que não aceitam a Jesus
recebem a condenação eterna pelos seus pecados, a chamada Segunda
Morte, “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23).
A dimensão do pecado:
Embora muitos tivessem o costume de dizer que não existe
pecadinho, pecado e pecadão, pois tudo é pecado; não é bem assim que
está discriminado na Bíblia Sagrada sobre o pecado. No mundo secular
podemos comparar o pecado como os crimes cometidos pelos homens
que são tipificados no Código Penal na esfera jurídica, pois assim como os
crimes são classificados em uma escala de gravidade ou responsabilidade
perante a Sociedade, da mesma forma é o pecado. O pecado também
possui uma dimensão de gravidade e responsabilidade perante o Senhor
Nosso Deus que há de julgar as obras de todos os homens (Ap 20.11-15).
Vejamos o que está escrito no texto de I Jo 5.16-17
.
1º - Pecados que são para morte:
A expressão usada pelo Apóstolo João significa que uma pessoa que
esteja nesta condição, cometendo pecado para morte, jamais terá a sua
oração respondida por Deus; e ainda que aquela pessoa esta vivendo em
uma situação de pecado tão intensa e tão persistente que o Senhor a
qualquer instante, se não houver um arrependimento, visitará a pessoa
com a morte física (ver I Co 11.30).
2º - Pecados que não são para morte:
Não é porque a expressão diz que “o pecado não é para morte” que
o mesmo não possa matar, isso significa que a gravidade desses pecados
não são de morte imediata, ou seja, todo pecado pode matar (Ct 2.15) só
que alguns são de maior gravidade e ferem diretamente a Santidade de
Deus, no Novo Testamento determina a gravidade do pecado de acordo
com o grau de conhecimento que se tenha a respeito dele. Os gentios, que
estão no seu pecado, são culpados aos de Deus; porém, aqueles que
gozam do favor do Evangelho e tem a revelação de Deus, são muito mais
culpados quando caem (com isto corroboram as passagens bíblicas: Mt
10.15; Lc 12.47-48; Jo 19.11 e II Pe 2.21-22).
A esfera de atuação do pecado (I Jo 2.15-16):
O apóstolo João neste versículo usa a palavra “mundo” que no
grego é “Kosmos” que tem o significado de um sistema que é literalmente
guiado e dirigido por Satanás com uma característica principal a rejeição e
a oposição a Deus.
1º Concupiscência da Carne:
É o desejo exagerado, isto é concupiscência, um desejo quase que
incontrolável da carne, ou da natureza humana, que depois do pecado de
Adão assume o controle sobre o homem (Gl 5.19-21), mas que pode ser
vencido e controlado quando damos ao Espírito Santo a total liberdade e
controle sobre a nossa Vida (Gl 5.16-18).
2º Concupiscência dos Olhos:
De novo o desejo exagerado concentrado nos olhos, que é a porta
de entrado dos sentidos e do coração, geralmente o homem se engoda
pelo o que vê. Exemplo disso foi Eva quando viu o fruto da Árvore do
Conhecimento do Bem e do Mal, veja o que disse Jesus em Mt 6.22-23.
3º Soberba da Vida:
Uma arma usada pelo diabo desde o inicio dos tempos contra o
homem, onde o próprio Lúcifer teve a desgraça de ser ferido por ela, a
“Soberba da Vida” atua diretamente no Coração. O sentimento que
derrubou nosso arqui-inimigo, também assola todo aquele que se acha
maior o melhor que seu próximo, todo aquele que se julgar grande será
abatido sem que não haja cura (Pv 16.18; 29.23; Dn 4.37). Exemplos:
Nabucodonosor, Rei de Tiro, Rei Herodes Tetrarca, Faraó, etc.
O pecado que não têm perdão:
O Pecado contra o Espírito Santo as escrituras ensinam que existe o
Pai, o Filho e o Espírito Santo, quando falamos que o Espírito Santo é 3º
pessoa da Trindade, isso não significa que Ele seja menor ou menos
importante isto é apenas uma questão de sistemática para nossa melhor
compreensão. O Espírito Santo é Deus em todos os aspectos:
Ele, o Espírito Santo, comunicou vida à criação. (Gn 1.2);
Somente Ele é quem transforma o homem pecador em uma nova
criatura, por meio do novo nascimento. (Jo 3.3-8);
Foi o Espírito Santo quem levantou a Cristo da morte,
mediante a RESSURREIÇÃO. (Rm 8.11).
O ato de cometer o pecado de blasfêmia, ou pecado imperdoável,
foi praticado por alguns homens na ocasião que Jesus curou um homem
que era cego, surdo e mudo devido a uma possessão demoníaca (Mt
12.24-32; Mc 3.22-30). Os fariseus acusaram a Jesus de estar associado
com Satanás, e procuravam provar isso afirmando que Satanás estava
ajudando Jesus a expulsar os demônios das pessoas. Dessa forma
entendemos que é um pecado direcionado exclusivamente o Espírito
Santo.
Ser um pecado imperdoável é porque os fariseus não eram
ignorantes no entendimento as Escrituras, por isso eles sabiam quem
estava expulsando os demônios; um pecado contra Jesus seria perdoável,
mas esse pecado é contra o conhecimento, ou um pecado de “mão
levantada” (literalmente de forma atrevida) em contraste com um pecado
cometido por ignorância (Nm 15.22-31). Tal pecado era imperdoável no
Antigo Testamento, e as ofertas somente poderiam ser feitas pelos
pecados cometidos por ignorância (Nm 15.24).
Entretanto para se cometer esse pecado imperdoável seria
necessária uma condição especial. Não se trata necessariamente
blasfemar em nome do Espírito Santo, mas seria afirmar que as obras
feitas por Cristo teriam origem em Satanás, ou seja, declarar que Cristo
seria um agente de Satanás. Por isso, nos devemos estar atentos a não
atribuir poderes miraculosos dos dons do Espírito Santo (I Co 12.4-11,28)
às operações demoníacas ou satânicas. A rejeição a Cristo é,
naturalmente, um pecado imperdoável em qualquer tempo (Jo 3.18).
Além de tudo o Espírito Santo é nosso melhor amigo, Ele é Deus, nosso
Fiel Ajudador e está conosco todo tempo, e magoá-lo seria um pecado de
caráter imperdoável e tremendo.
“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”.
(Mt 22.29b)
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